terça-feira, 2 de agosto de 2011

VAGINISMO - JÁ OUVIU FALAR?

Vamos lá com novos assuntos no Blog!!!!
Hoje vou escrever sobre disfunção sexual, mais especificamente sobre vaginismo.

Existem algumas disfunções sexuais que podem afetar muito a qualidade de vida de homens e mulheres em várias faixas etárias.
O vaginismo acomete mulheres e é uma desordem séria, que envolve aspectos psicológicos, culturais e físicos, e que deve ser tratado com muita seriedade, pois pode trazer problemas sérios para a vida dessas mulheres, afetando  as relações conjugais e interpessoais.

Mas afinal, o que é vaginismo?

É uma contração involuntária persistente e recorrente da musculatura da vagina que interfere na penetração vaginal impedindo a relação sexual. Essa contração pode ser leve, permitindo um certo grau de penetração, mas também pode ser grave, impedindo qualquer penetração. E aqui penetração inclui dedos, pênis, tampões e instrumentos de exame ginecológico. Percebam que essa disfunção não atrapalha somente a vida sexual, já que algumas mulheres não conseguem nem ser examinadas por seus ginecologistas.


Esse problema é muito comum?


No Brasil, em 2004, foi feito um estudo com mais de 1200 mulheres, mostrando que 49% delas tinha alguma disfunção sexual, sendo que 23% apresentavam dispareunia, ou seja, dor durante a relação. Há poucos estudos estimando a  prevalência do vaginismo em si, mas parece que 10-20% das mulheres com disfunção sexual apresentam essa condição. Essa dificuldade de estimar a prevalência pode ocorrer porque é difícil discriminar só uma disfunção, já que muitas mulheres sofrem de dor e vaginismo ao mesmo tempo.

Por que acontece?

As causas também não são totalmente esclarecidas e são multifatoriais: 
- pode ser por desordens psicológicas, como história de traumas e abuso sexual. 
- pode ser também em decorrência de uma educação castradora, onde a relação sexual é enxergada como algo errado, sujo, feio, gerando a fobia da penetração.
- pode ser por causas físicas, como deformidades congênitas, atrofia vaginal, infecções, tumores, etc.

O que fazer para tratar?

Por ser uma desordem multifatorial, o tratamento também deve ser multi e interdisciplinar, ou seja, é necessário que alguns profissionais da saúde trabalhem em conjunto para que a paciente tenha resultados mais satisfatórios. Normalmente uma boa equipe deve contar com os seguintes profisionais:


- ginecologista: provavelmente será o primeiro profissional a detectar o problema, encaminhando para uma equipe multidisciplinar e acompanhando a paciente durante todo o processo;
- psicólogo: para detectar e trabalhar na resolução das desordens emocionais que envolvam traumas, educação rigorosa etc. Há uma série de técnicas terapêuticas que podem ser aplicadas;
- fisioterapeuta: através de técnicas de dessensibilização, biofeedback e consciência corporal esse profissional pode ajudar muito a paciente a lidar e resolver o problema.


Ainda há poucos estudos consistentes sobre o assunto, mas fica o alerta para que as pessoas que sofrem de alguma desordem sexual, que atrapalhe a qualidade de vida e as relações pessoais, procurem ajuda de profissionais especializados!!!!


Um abraço


Juliana







Nenhum comentário:

Postar um comentário