Sabe o que eles descobriram? Que a força muscular do assoalho pélvico é um desses fatores. Leia abaixo o conteúdo da pesquisa:
O estudo teve como objetivo investigar preditores obstétricos e clínicos para o desenvolvimento de incontinência urinária de esforço após parto vaginal. O foco do estudo foi a musculatura do assoalho pélvico (MAP)
Foi feito estudo transversal e potenciais preditores de IUE foram coletados 5-7 meses após o parto em 192 mulheres primíparas. Foi feita análise estatística para verificar os preditores que alcançaram significância estatística, criando assim pontos de corte para nortear a prática clínica.
RESULTADOS: A força dos MAP foi o mais forte preditor de IUE. Quatro fatores foram considerados preditores e IUE pós-parto vaginal:
- Pacientes com força dos MAP menor que 35,5 cmH2O;
- história prévia de IUE;
- peso do bebê maior que 2,988g;
- aparecimento de IUE durante a gestação
Os autores afirmam que dos quatro preditores identificados, três são modificáveis através de fisioterapia. Eles sugerem que este tratamento poderia ser oferecido para mulheres que não tenham força suficiente tentando atingir os 35,5 cmH2O no pós-parto. Outra sugestão dos autores é um trabalho de prevenção de IUE antes e durante a gravidez.
O estudo é importante pois tenta dar dados objetivos e clínicos para que os profissionais possam prever a possibilidade de uma mulher desenvolver IUE após a gestação. Em serviços de saúde, que não contam com aparelhos para medir a força do assoalho pélvico, uma boa anamnese e uma avaliação clínica podem ser usadas para melhorar a qualidade do tratamento, com orientações adequadas sobre os exercícios e sobre os cuidados com o corpo.
Além disso todas as grávidas que passam por um tratamento fisioterapêutico passam a ter maior conhecimento do corpo, dos mecanismos de parto e do funcionamento do assoalho pélvico. Como sempre, o conhecimento e o aprendizado são ferramentas fundamentais para um tratamento de qualidade, inclusive quando se fala em gestação.
um abraço
Juliana
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