segue abaixo entrevista que eu dei para um site e saúde, que traz vários artigos interessantes. No final segue o link para quem quiser acessar:
Osteoporose: uma doença silenciosa
Crédito da imagem: Ambro / Freedigitalphotos
A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, que tem como conseqüência ossos mais porosos e enfraquecidos. Com isso, o indivíduo fica mais suscetível a fraturas e pode se machucar mais facilmente. Porém, o maior inimigo não são as possíveis lesões ou a deterioração do tecido ósseo, mas sim o silêncio da doença.
"A osteoporose vai evoluindo gradualmente de forma assintomática, e a pessoa só descobre que tem após uma fratura, sendo as mais comuns nas vértebras, punho e quadril", destaca Juliana Schulze.
Por isso, para a especialista em fisiologia do exercício, o melhor tratamento é a prevenção diária, já que a identificação da doença silenciosa só ocorre após uma fratura.
Juliana afirma a prevenção deve começar o quanto antes. Portanto, a partir da infância os pais já podem começar a incentivar seus filhos a ter hábitos de vida saudáveis, que incluem alimentação equilibrada, rica em fontes de cálcio e vitaminas, e a prática regular de exercícios.
Entre os 20 e os 35 anos de idade ocorre o "pico da massa óssea", que é a maior capacidade que o tecido tem de armazenar minerais. "Nessa fase é muito importante que o indivíduo promova a formação de ossos fortes", explica a especialista. E para uma formação de sucesso não existem segredos: "Para isso devemos atuar em 3 frentes: dieta rica em alimentos, fontes de cálcio e vitamina D; exposição ao sol para ativação da vitamina D, o que é fundamental para o cálcio fixar-se ao osso; e exercícios físicos regulares, com carga (musculação, por exemplo) e impacto (caminhada é excelente), já que essas duas situações criam tensão no osso e estimulam sua renovação", diz Juliana
Por volta dos 40 aos 50 anos de idade a instalação da osteoporose se torna mais comum. Juliana explica que isso acontece principalmente nas mulheres em período pós-menopausa que sofrem queda nos níveis de um hormônio chamado estrógeno, o que provoca uma menor atividade das células responsáveis pela formação de tecido ósseo. Nessa fase os cuidados diários devem permanecer, mas já essencial realizar o exame Densitometria Óssea, que é capaz de identificar a presença da osteoporose através do cálculo da densidade óssea. Além disso, é essencial que as mulheres mantenham um nível normal de estrogênio, evitando uma aceleração na velocidade da perda óssea. "Isso pode ser feito com acompanhamento médico e através da terapia de reposição hormonal", conclui a fisioterapeuta.